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:: 29.8.04 ::

Capítulo IV, parte 6.

No trecho anterior, terminou o primeiro dia da reunião do conselho dos povos sagrados. Vocabulário: maka-sha'iz é o supremo sacerdote de um deus; enkaf é equivalente a "senhor" ou "honorável".

"Nekt foi o último dos ghi'als a sair da Sala do Conselho. Veio rindo divertido, e ao passar por Don colocou sua mão ossuda sobre o ombro do rapaz, olhando-o com simpatia:

- E então, o que achou? Não foi uma ótima sessão?

Don encolheu os ombros:

- Foi tudo tão... confuso! Eu tive a impressão de que vocês não chegaram a lugar algum.

- É mesmo? Que curioso! Achei a discussão tão proveitosa! Veja, em apenas uma tarde conseguimos completar uma resolução! Está certo que havia consenso, o que não é comum, os povos são tão... diferentes uns dos outros, não acha? Está com fome?

- Um pouco. Bastante, na verdade.

- Então vamos? - olhou em volta, para os diplomatas que o cercavam. - Vamos jantar, então? Nos apressemos! É pena, Don, que nossos anfitriões não apreciem um guisado de menku, à maneira da estrela Ga'ak. Gosta de carne de menku?

- É claro! Todo menku gosta de carne de menku - ousou pilheriar, fazendo um trocadilho entre o nome do animalzinho de asas e a expressão andrish que indicava uma pessoa sem trato social, um caipira da fronteira, como ele. - Mas acho que os sukaks não comem nada que tenha morrido por suas mãos.

- É verdade! Nem carne de animal, nem raiz, nem planta que seja arrancada. Está aprendendo rápido, nosso menku! Eu não disse a vocês que ele podia ser qualquer coisa que quisesse? Pode ser diplomata, ou sacerdote. Ou poeta. Gosta de escrever? Eu sabia! Tudo bem que não tenha o hábito, você aprende. Ele aprende tudo rápido. Tenho certeza que ainda vai ser motivo de muito orgulho para o povo ghi'al.

Deu um abraço rápido e carinhoso no jovem, que olhava para o chão, encabulado. Então Don reparou que todos haviam saído da sala e iam concentrando-se junto à porta de saída. Kaylan foi empurrado para junto dele e os dois sorriram um para o outro.

- É esse seu novo amigo? - disse Nekt, examinando o terlize de alto a baixo.

- Meu nome é Kaylan Heidl. É um prazer conhecer o supremo líder dos ghi'als - a voz do rapaz tremia ligeiramente enquanto saudava o maka-sha'iz com as mãos postas. Nekt retribuiu estendendo a mão para tocar seu pulso.

- Tão jovem! Diplomata, não é? Tão jovem... esperava algo diferente. Como alguém tão jovem pode ensinar tudo que ele tem a aprender? Ah! velho, deixe isso para Ghyla.

- Desculpe, não entendi, enkaf. Posso ajudá-lo?

- Ah! Coisas de velho, rapaz... coisas de velho. Vá, Don, fique com seu amigo, quando precisar de você eu chamo."
:: Tovah ::
# 19:54 Dizaê!
...
:: 22.8.04 ::
Capítulo IV, parte 5

Finalmente, hem!! No trecho anterior, o líder ghi'al Nekt Vamin, coordenando a reunião do Conselho, resumiu as solicitações dos heaklas e abriu às discussões do primeiro ponto, sobre a reafirmação de que aquele povo é um dos cinco povos sagrados do conselho.

Vocabulário: ukar é uma espécie de flor, tida como sagrada; flokhiz, que quer dizer "idealista", é um apelido dos heaklas.

"Antes que o ghi'al se acomodasse, já Mej erguia-se do outro lado, agitado. Sua voz soou metálica enquanto entoava sua algaravia, no meio da qual Don supôs reconhecer uma palavra semelhante a "sagrado", e nada mais. Foi breve, e a garota de nome impronunciável traduziu:

- Disse Mej al-Sha'iz: não há questão alguma nesse ponto. Nossas histórias contam que os heaklas surgiram quando Terl e Ghyla se amaram nos campos de ukar, e portanto são um dos povos surgidos dos próprios deuses, como os sukaks, os terlizes e os ghi'als antes deles, como os sheitzis depois. Existe a assinatura de um heakla no Pacto de Gabra, que criou este Conselho 16 mil anos atrás, e desde então eles foram, são e sempre serão considerados parte da Gente Sagrada. Não há o que discutir. Este Takpa deve reafirmar, publicamente e quantas vezes forem necessárias, que heaklas e sheitzis e sukaks e ghi'als e terlizes são os Cinco Povos que representam os deuses no poder de toda Andrameni.

O que se seguiu foi a discussão mais extravagante que Don teve a oportunidade de presenciar em toda a sua vida. Um a um, os representantes de cada povo, e alguns diplomatas também, foram erguendo-se e concordando com as palavras de Mej; uns ressaltavam que a maior prova era o fato de o próprio Ur, a saga que contava a origem de Andrameni, citar os heaklas como filhos dos deuses; outros preferiam lembrar as contribuições que os sonhadores e intelectuais flokhiz haviam dado para a filosofia, o direito, a arte e mesmo a religião ao longo dos milênios. Mas não houve uma só contestação do pedido de Anie; mesmo assim, as discussões atravessaram a tarde, e o estômago adolescente de Don dava saltos quando foi aprovado o texto de um documento público, assinado pelos cinco representantes, reiterando que os heaklas eram, sim, um dos Povos Sagrados, e deveriam ser tratados como tal."

:: Tovah ::
# 20:42 Dizaê!
...
:: 16.8.04 ::
Logo logo vai pro template a novidade das novidades deste blog: o teste para saber de que povo você é.

Por enquanto só tem texto, sem imagens, mas a gente chega lá ;-) Andei consertando porque o sistema não permite acentos, se encontrarem mais alguma letra desaparecida por favor me avisem. Relatem aí nos comentários que povo saiu para vocês! Eu sou heakla, é claro...
:: Tovah ::
# 14:45 Dizaê!
...
:: 13.8.04 ::
Para facilitar a vida de quem está chegando agora (melte zel-ou, fai-ei!), criei um link externo para a Introdução ao Daksi. Recomendo ler antes de começar a fuçar nos capítulos da história propriamente ditas (vejam no menuzinho aí à esquerda). Assim vocês não ficam perdidos na hora de aprender o que diabos é o Povo Dourado...

:: Tovah ::
# 13:44 Dizaê!
...
:: 11.8.04 ::
Adorei este teste!!

yay go u
You are John!

I am the walrus! Or am I? Which Beatle are you?
brought to you by
Quizilla


:: Tovah ::
# 10:56 Dizaê!
...
:: 9.8.04 ::
Capítulo IV, parte 4.

Anie, o heakla, terminou de falar diante do Takpa, o Conselho dos Povos Sagrados. Está bem pequenininho, mas não tenho outro lugar para cortar...

"Nekt ergueu-se e lentamente correu os olhos ao redor da bancada. Don não podia vê-los, mas sentiu nos rostos dos outros o respeito que inspiravam. Valea evitou-os, enquanto Mej sustentou-os como numa compreensão profunda. Pararam rapidamente dentro dos olhos castanhos de Anie, que os manteve por um segundo antes de baixar a cabeça. Carregaram uma expressão de admiração de Heine, até fixarem-se na ponta da delegação terlize, onde o jovem Kaylan estava profundamente concentrado em suas notas. Don enxergou o perfil do sacerdote e espantou-se com o brilho estranho nos olhos claros. Por fim, o velho falou:

- Eis a reivindicação dos irmãos heaklas diante do Takpa. Irmão Anie, sinta-se livre para interromper se houver alguma incorreção. Primeiro, o Povo Dourado pede que este Takpa reafirme publicamente o que dizem nossas tradições, que são o quarto dos cinco Povos dos Deuses. Segundo, que este Takpa se pronuncie sobre a proteção a um de seus membros, conforme tem sido dito e respeitado pelo acordo milenar entre os Cinco Povos. Terceiro, que este Takpa se pronuncie a respeito do direito legal de o silki La'or Leishi de Ori'an, conhecido pelos heaklas como La'or Leider-Prashi, herdar o trono andrish, o que significa declará-lo, diante do mandato conferido pelos Povos Sagrados ao Povo Negro, o legítimo rei de todo o território de Andrameni e Andrami, em prejuízo de sua irmã Laner. Confirma, irmão Anie? - O heakla acenou a mão, num gesto afirmativo. - Passemos, então, ao primeiro ponto. Abro às discussões."

:: Tovah ::
# 23:25 Dizaê!
...
:: 3.8.04 ::
Capítulo IV, parte 3.

Um post maiorzinho e sem vocabulário. Espero que desta vez vá...

Só lembrando: a reunião do Takpa, o Conselho dos Povos Sagrados, começou com a troca de formalidades entre o líder sukak, Mej Ghel'er-ka, e o líder ghi'al e coordenador dos trabalhos, Nekt Vamin, que chamou o líder heakla, Anie Tame-He'ir, para se pronunciar.

"-Saudações, irmãos.

Don estava distraído e quase deu um salto quando o vozeirão de barítono ecoou no teto da sala. Demorou a acreditar que uma voz tão poderosa pudesse sair de dentro da figura miúda de Anie. O heakla espalhou um sorriso ao redor, passou a mão na testa afastando os cabelos loiros e prosseguiu:

- O que nos traz aqui, a nós do Povo Dourado, é uma questão de justiça, de legitimidade e de reconhecimento. Há milhares de anos, os cinco povos sagrados escolheram um sexto, o povo silki, para governá-los. Foi assim desde o primeiro rei anônimo até Lakim Leider, homem bom, justo, íntegro, que será lembrado para sempre por tudo que fez nos 35 anos em que reinou, leal com seu povo, honesto com os demais. Andare, a estrela do tempo, ainda não completou um ciclo desde que Lakim, o terceiro, morreu, deixando dois filhos: La'or, casado com uma jovem do Povo Dourado, Meli Anike-Shan, e a caçula, Laner, que ainda não fez os 22 anos da maioridade do Povo Negro. Pois bem, o trono de Andrameni foi deixado para a jovem Laner, em prejuízo de seu irmão mais velho. Isso porque, pela lei do povo negro, é necessário que o rei seja casado com outro silki, ou alguém da gente sagrada, para manter o título. Só que os silkis contam apenas quatro Povos Sagrados. Os heaklas ficam de fora, e o marido de uma heakla não poderia herdar. E assim Lakim, um homem bom, mas fiel aos seus, deserdou seu filho La'or, pai de seu único neto, que nunca conheceu. Nós, do Povo Dourado, não aceitamos essa decisão; as regras falam em povos sagrados, e a linda Meli pertence a um deles, esse é nosso ponto de vista. Nossos jovens estão postos em armas, algo que eu nunca vi em meus 64 anos, algo que nunca ouvi dizer que tenha ocorrido desde o tempo dos deuses. Eles estão em armas na linha da estrela Iesh, na fronteira dos homens-cavalos, nos arredores de Luok.

Respirou fundo, tomou um gole d'água e prosseguiu, exibindo os braços delgados, dramaticamente:

- Nosso povo é frágil, não temos a força dos ghi'als, nem a guerra nos é natural como para os sheitzis, não temos a saúde dos sukaks e nem mesmo nos multiplicamos tão fácil quanto os terlizes. Nossa única forma de sobreviver é, sempre, negociar. Não temos meios de convencer pela força, ou pelo número. Entrar numa luta, como nossos jovens hoje, é um caminho ainda mais perigoso para nós que para outros povos. Por isso, somente vamos às armas quando acreditamos estar certos. Eu venho hoje a este Conselho pedir que nos diga se estamos certos, para que nossos jovens parem de morrer por pensarem assim. Pedimos a este Conselho que reafirme os heaklas como um dos Povos Sagrados; a partir dessa deliberação, pedimos que confirmem sobre nosso povo a proteção deste Takpa, nas condições do acordo ancestral dos Cinco Povos. E pedimos, ainda, que a partir da afirmação dos heaklas como um Povo Sagrado este Conselho exija aos silkis que cumpram sua lei, reconhecendo o diplomata La'or Leishi, residente em Tala, capital dos heaklas, filho de Lakim Leider e de Elak, rainha de Prashi, como herdeiro legal do trono de Andrameni.

Terminou ainda mais alto, e sua voz reverberou por um instante na cúpula transparente antes que o silêncio voltasse. Deixou a franja correr sobre o rosto, afastou-a para o lado oposto com um gesto e tornou a sentar-se, observando satisfeito o efeito que causara."

:: Tovah ::
# 23:24 Dizaê!
...

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