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:: 28.1.04 ::

Queria agradecer ao Sérgio pela ajuda inestimável de seus palpites a respeito da introdução ao daksi. Os próximos leitores vão encontrar algo muito menos hermético :-)

A propósito, adorei os links no blog dele! Este aqui é impagável.
:: Tovah ::
# 12:33 Dizaê!
...
:: 27.1.04 ::
Yess!! Meu RPG ainda vai sair!!

Criei um texto apresentando o daksi. Há muito tempo estava enrolando para escrevê-lo, já que não consigo terminar nem o Ur (a saga cosmogônica do meu cenário). Apesar disso, já tinha escolhido há meses a personagem para narrar --a sacerdotisa terlize Shela Ketz, irmã dos líderes daksi Kaylan e Shay Heidl.

Agora escrevi. Faltam alguns ajustes, mas está basicamente pronto. Quem quiser, é só pedir --e se dispor a me ajudar no que falta :-P
:: Tovah ::
# 14:16 Dizaê!
...
:: 22.1.04 ::
O texto ficou longo; espero que fique legível editado em um post só. Vocabulário: ghytz é o dom de Ghyla, que entre outras coisas permite conhecer o futuro; Sukassi, Ghyla e Terl são os nomes dos três deuses; e "povo do espaço" é um apelido dos ghi'als.

Na noite de sua chegada a Heida, cidade do clã Heidl (vide post), Mishe Palaki-Thara e Don Vari conversam no alojamento dos visitantes. Embora haja lugar para mais de 20 pessoas, os dois estão sozinhos. Em Gabra, capital dos sukaks, onde se conheceram durante a reunião do Conselho, os dois já haviam trocado um breve beijo na boca num momento em que Mishe estava emocionalmente abalado (vide post anterior).

"Don desceu da beliche onde estava, acendeu uma pequena lâmpada no centro do quarto e sentou-se na borda da cama de Mishe. Notou a mudança na respiração do heakla. A luz suave ressaltava o tom de seus olhos azuis e sua pele perfeita resplandecia. O rapaz não resistiu e tocou sua face.

--Eu quero você. Eu quero você, belo. Não tenho pensado outra coisa desde Gabra.

Mishe passou os dedos no rosto de Don e deu um sorriso amargo. Com carinho, impediu que o jovem aproximasse a boca da sua.

--Devagar... calma, devagar. Não sei se esta é a coisa certa a fazer. Você não está acostumado a conviver com heaklas, não fique impressionado demais... devagar...

--Não estou impressionado, eu desejo você --correu o dorso da mão pela face do outro, e Mishe teve de pôr sua palma sobre o queixo dele para mantê-lo distante.

--Você não é um amante de homens.

--Nem você. Tem mulher e filhos.

--É diferente --sorriu.-- Eu sou heakla, para nós todo amor é o mesmo. Você é ghi’al, para seu povo faz diferença.

--Eu não me importo –investiu novamente sobre o diplomata, que o repeliu ainda uma vez.

--Don, você é jovem demais. Os ghi’als da sua idade não convivem com gente da minha.

--Eu não me importo.

--Você sabe a minha idade?

--O dobro da minha ou mais --sorriu.

--Bem mais que o dobro --riu Mishe.-- Tenho 48 anos. A distância é grande demais. Tem certeza que não faz diferença? Tem certeza que quer amar alguém que poderia ser seu pai?

--Eu não me importo. --driblou a mão do heakla e depositou um beijo no canto de sua boca. Mishe suspirou, e Don sentiu o coração disparado dentro daquele peito quente. Tentou beijá-lo, mas ele afastou-lhe o rosto.

--Eu não posso dar nada a você. Em dois ou três dias, voltarei para minha mulher, meus filhos. Não posso prometer que vou amar você além desta noite. E mesmo que ame, que viva uma paixão, que deixe tudo por você, em algum tempo você vai se cansar de mim, vai me deixar por uma bela mulher. Não diga que não, você é jovem, isso é como as coisas devem ser! Não diga que não, você tem ghytz, use seu dom se quiser, eu não preciso de ghytz para saber que no seu futuro sempre haverá uma bela mulher, você é bonito, e não é um amante de homens. Don, olhe para mim, será que vale a pena?

--Eu não me importo.

Lentamente cruzou as mãos de Mishe sobre seu próprio peito e uniu seus lábios aos dele. Beijou-o profundamente, com toda a calma, sentindo a respiração descompassada do amante, ouvindo seus próprios gemidos. Enquanto o despia, deixou-se encantar com o cheiro doce de seu corpo, a forma como sua pele dourada brilhava à luz escassa, a penugem quase invisível que cobria seu peito. Embriagou-se da beleza daquele corpo delicado e começou a entender como outros enlouqueceram por ele. Quis deixar-se enlouquecer. Foi quando a luz caiu sobre o flanco direito do heakla, iluminando as duas cicatrizes que o cortavam. A mais alta, junto às costelas, era pequena, não mais larga que uma faca ritual, e muito profunda. A outra era longa, um pouco curva na ponta, mais rasa de um lado que do outro. Don sentiu os olhos encherem-se de lágrimas.

--Como... quem teve a coragem de fazer isso com você? Que espécie de monstro quis destruir alguém que não é capaz de fazer mal? Se eu não soubesse a resposta, oh deuses... Um de meu próprio povo!

Beijou as marcas com ânsia, como se seus lábios pudessem apagá-las. Mishe acariciou seus cabelos e suas costas por cima da blusa que não tirara. O ghi’al endireitou-se e puxou-o contra seu peito, apertando-o com força, beijando seus cabelos de ouro. Depois afastou-se um pouco, secou os olhos e passou as mãos mais uma vez pelas cicatrizes que maculavam aquele corpo que não nascera para ferir. Atraiu o heakla para si e beijou-lhe o ombro com fervor:

--Que nunca mais um de meu povo possa ferir este corpo. Que os deuses não permitam. Sukassi! Guarde este corpo junto a si.

Mishe estremeceu e desviou os olhos, tentando afastá-lo:

--Don... não faça isso.

O jovem encarou-o por um instante, escapou de suas mãos e beijou o outro ombro, dizendo:

--Que nunca mais um do meu povo possa ferir alguém que seja de seu afeto, alguém de seu amor, ou algum do seu povo. Que seu espírito não seja ferido. Ghyla! Não deixe que este espírito se magoe.

Trouxe o rosto do loiro para junto do seu e beijou-lhe a testa.

--Que nunca mais meu povo se omita quando você, ou seu povo, esteja ameaçado. Que o braço dos ghi’als seja o escudo dos heaklas. Terl! Guie o braço dos meus.

Mishe agarrou os punhos do rapaz. Respirava aos soluços e tremia. Encostou seu rosto ao dele, sem olhá-lo.

--Don... Você sabe o que prometeu?

--Fiz um voto pelos deuses.

--Você... sabe que isso não é apenas um desejo ou um pedido.

--Eu sei.

--Você sabe que isso obriga você a seguir o juramento.

--Eu sei, Mishe... e vou segui-lo.

--Você sabe que isso significa não apenas defender a mim e a todos os heaklas, mas convencer os outros ghi’als a fazer o mesmo, a qualquer preço.

--Eu sei.

--Não temos como retribuir. Os heaklas não lutam. Não vamos nunca unir ombros com seu povo. Com o que você vai argumentar?

--Um dos nossos feriu você contra a nossa lei. Feriu um homem que não luta. Temos uma dívida com os seus. Se os heaklas não lutam, e forem ameaçados, nós ghi’als temos a obrigação de não deixá-los indefesos. É nosso dever com a humanidade. Esse é o melhor argumento.

O heakla soltou-o, sacudiu a cabeça e afastou-se pensativo. Não havia nem sinal de seu perene meio sorriso. Don nunca o vira tão sério antes e até já se esquecera que o companheiro estava na idade das preocupações.

--É um voto muito pesado para um rapazinho de 18 anos --disse Mishe por fim.-- Não posso permitir que você vincule sua vida dessa maneira. Desobrigo você do juramento. Que os deuses o tomem de volta.

--Você não tem o poder de me desobrigar.

--O juramento foi feito diante de mim, para mim. Eu posso desobrigá-lo. E ainda que você siga a tradição ghi’al, que só permita que alguém treinado como sacerdote possa, eu tenho esse treinamento. Você não está mais preso ao voto. Que os deuses o tomem de volta.

Soprou o rosto do rapaz, num gesto sacerdotal. Don abaixou a cabeça e travou as mãos nos delgados pulsos dele, arrancando-lhe um gemido abafado. Disse com voz baixa:

--Eu reitero meu voto. Não apenas diante do templo do seu corpo, mas diante dos deuses, eu reitero meu voto. Não apenas por amor a você, mas por justiça, eu reitero meu voto. Enquanto eu estiver presente, ninguém vai ferir a você ou a um dos seus. Esse é meu juramento.

--Se você precisar romper seu voto... --a voz de Mishe embargou-se.-- Se algum dia você sentir que é muito pesado ou que não pode segui-lo... não se force, não se culpe... lembre que eu o desobriguei. Cumpra-o, mas não se culpe se não puder cumprir.

Encostou seu rosto ao ombro de Don e caiu num choro baixo e sentido. Mas o jovem sentiu que não eram lágrimas de dor, e sim de alívio. Em seu íntimo, Mishe Palaki fizera as pazes com o povo do espaço."

:: Tovah ::
# 17:23 Dizaê!
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Aproveitei que tinha que mudar o restante do bege-nenê para clarear também as cores dos links. Espero que esteja mais legível agora...
:: Tovah ::
# 16:29 Dizaê!
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:: 21.1.04 ::
Troquei o bege das letras por este cinzinha --o que acham? É que estou trabalhando num computador muito escuro e aquela cor fica simplesmente ilegível. Se alguém tiver outra queixa do design, fiquem à vontade em comentar...

Outra novidade é o link aí do lado, logo abaixo do Bazar das Palavras: o fotolog dos Gatos da Santa Casa, em São Paulo. Ajudem, ajudem, ajudem. Tenho outros endereços para o pessoal do Rio que quiser adotar um gatinho. É só entrar em contato.
:: Tovah ::
# 12:04 Dizaê!
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:: 20.1.04 ::
Caríssimos, estou com uma cruel dúvida a respeito do trecho que estou escrevendo agora --e que se passa na noite da chegada de Kaylan, Don e Mishe a Heida (vide post mais abaixo). Não é o 2/2 prometido, mas algo posterior, e de tal importância que acaba estabelecendo que o trecho anterior deve permanecer na história.

A dúvida é que não sei se publico ou não o trecho, que é extremamente relevante para a conclusão dos acontecimentos (o voto feito por Don no final dessa narrativa é determinante para a origem do daksi), mas é um pouco forte --bem mais forte e escandaloso que os posts anteriores -- e talvez cause polêmica. Digamos que é ligeiramente impróprio para menores e muito impróprio para machistas ;-)

Vou considerar a opinião de vocês. Se acharem que não devo publicar, mas quiserem ler mesmo assim, posso mandar em privado quando estiver pronto.
:: Tovah ::
# 10:44 Dizaê!
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:: 15.1.04 ::
O texto que vem a seguir é um ponto crucial na história, talvez o desencadeante do plot central e de mais dois ou três plots menores. Provavelmente ainda será melhor trabalhado antes de ter sua versão definitiva. A maior parte dos outros trechos são irrelevantes, mas este estará com certeza. E fiquei tanto com ele na cabeça que levantei da cama para escrevê-lo...

Só para ninguém se perder, vou gastar este post com a explicação de algumas pessoas e termos que aparecem. Anie é o representante dos heaklas, Mej é o maka-sha’iz (sumo-sacerdote) e representante dos sukaks, Nekt é o mesmo dos ghi’als, Valea representa os sheitzis e Heine, os terlizes. Flokhiz, que quer dizer idealista, é um apelido dos heaklas. La’or é o príncipe silki casado com a heakla Meli, presuntivo herdeiro do trono.
:: Tovah ::
# 02:05 Dizaê!
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Prelúdio para daksi. O informe.

"A reunião entrava em seu quarto dia, e Don assistia sonolento. Anie Tame-He'ir e Mej Ghel'er-ka agora monopolizavam o debate, discutindo pacientemente um ponto da questão sucessória dos silkis, que ao jovem ghi'al parecia tão secundário que jamais se lembraria exatamente o que era. O maka-sha'iz falava baixo, e a cadência da língua sukak embalava o rapaz. Valea dormitava na bancada dos sheitzis. Só erguia a cabeça quando a voz musical da jovem Nalk soava pela sala, traduzindo o discurso do avô. Seu ritmo fazia Don oscilar em pé, como se fosse dançar. Isso se repetia, até que acabasse a fala de Mej. Então Anie movia a franja dourada para um lado ou outro, erguia-se e calmamente soltava o vozeirão que não combinava com seu corpo mirrado, fazendo o segurança estremecer. Heine por duas ou três vezes tomou tamanho susto que quase caiu da cadeira.

A discussão durou a manhã inteira e já invadia o horário de almoço quando um dos secretários heaklas ergueu-se de repente durante uma fala de Mej e foi atender seu infocomunicador na parte externa da sala. Minutos depois, retornou, visivelmente abalado, e sem dizer nada colocou a tela do aparelho diante de Anie. O líder heakla arregalou os olhos, perdeu a cor e cambaleou para a frente. Imediatamente o sukak calou-se. Todos os olhares moveram-se para os flokhiz. Don sentiu um calafrio: lembrou-se de sua visão na nave. O mensageiro. Anie lívido como o rosto de Sukassi. Aproximou-se de Nekt:

--Está acontecendo, enkaf. Alma-shaki! Queria poder parar isso.

Antes que o maka-sha'iz pudesse responder, Don já correra para junto de Kaylan. Seus olhos espelharam a mesma angústia, e o ghi'al percebeu que o amigo também sentia o terrível da situação. Então Anie ergueu-se, controlando-se a custo, e pediu para fazer um informe. Sua voz poderosa falhava.

--Colegas de conselho, faz 45 anos que sou diplomata, mas acredito que nunca fui portador de uma notícia tão triste. Peço que tenham calma, pois não sei se conseguirei falar até o fim. Há algumas horas, uma patrulha silki invadiu Tala, a capital dos heaklas, à procura de um grupo revoltoso que estaria se escondendo na cidade. Por engano, eles acabaram atirando contra uma casa na guilda dos diplomatas e mataram três de nossos irmãos, três pessoas inocentes. Os nossos mortos são Shere Kai-La'ir, um colega ainda jovem, que tinha muitos serviços a prestar; Meli Anike-Shan; e La'or Leider-Prashi. Irmãos, perdemos nosso trabalho. La'or Leishi está morto. --Desabou novamente na cadeira.

--Não. Não. Não! Não!! –o grito de Mishe encheu a sala até transformar-se num urro de dor. Com os braços sobre a cabeça, contorceu-se chorando alto, afastando as mãos que tentavam consolá-lo. Sem pensar, Don saltou para seu lado e agarrou-o contra si até que parasse de se debater. Sentia o sofrimento do heakla como se fosse seu. Kaylan aproximou-se, ajoelhou-se diante dele e amparou a cabeça dourada em seu peito. Seus olhos estavam marejados.

Anie, porém, não soltou uma só lágrima diante do Conselho. Parecia em choque, sentado em seu lugar, olhando para o vazio, sem responder a coisa alguma. Estava pálido como a morte."

:: Tovah ::
# 02:00 Dizaê!
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:: 14.1.04 ::
Percebo que nem todos os trechos que estou colocando aqui estão garantidos na versão final do prelúdio. Pelo menos, tem me dado prazer escrevê-los. Então aí vai mais um. Prelúdio para Daksi, algo como capítulo 11. Entre a reunião do Conselho em Gabra e a negociação com o governo silki na capital Ori'an, Kaylan chega a sua cidade, Heida, trazendo como convidados Don e Mishe. Vocabulário: maka-rheka é o chefe do clã, instituição sociopolítica fundamental da cultura terlize.

"--Temos que ver o maka-rheka antes que tudo --disse Kaylan, e voltou-se para Don. -- Como estava numa missão oficial, tenho que prestar um relatório para o chefe do clã antes que tudo. E vocês têm que se apresentar para que ele autorize a estada. Não vai ter problema, é só formalidade. É claro que Mishe sabe de tudo isso --deu um sorriso malicioso. - Mas antes vamos fazer uma coisa.

E acelerou o passo pelas ruas da cidade, seguido por Don e, a duras penas, Mishe. Quando Kaylan parou, o heakla bufava e arrastava-se sob o peso de sua bagagem a muitos metros de distância. Despenteado, ofegando encostado à parede, parecia tão próximo dos mortais. Mas no momento seguinte, enquanto arrumava os cabelos com os dedos, sua beleza irreal estava de volta e fez Don desviar os olhos.

--Kaylan, não faça isso comigo outra vez, eu não tenho mais 18 anos nem sou de sangue ghi’al --riu o loiro. -- Essa é a sua casa?

O terlize fez um gesto afirmativo, mas não estava prestando atenção. Pegara algumas pedrinhas no chão e as atirava numa janela. Ela se abriu e a voz cristalina de uma mulher que Don não podia ver saiu lá de dentro:

--Kaylan! Ah! Não acredito! Espera aí. Me segura!

--Não, Monai, não, não faça isso, você...

Mas um par de pernas numa calça escura já aparecia para fora da janela, e no segundo seguinte a moça pousava suavemente nos braços de Kaylan beijando sua boca com fúria. Parecia ainda mais jovem que ele, com o negro dos cabelos lisos revelando que também tinha sangue ghi’al. Mas seu rosto redondo era alvíssimo, e o corpo tinha a sensualidade dos terlizes. Estava visivelmente grávida.

--Maluca... –Kaylan colocou-a no chão sem parar de beijá-la. Depois pegou-a pela mão. – Monai, este é meu irmãozinho ghi’al Don Vari, de quem falei. Esta é minha mulher, Monai Heidl.”

Tem continuação. Talvez eu faça uma parte 2/2 mais tarde.

:: Tovah ::
# 22:55 Dizaê!
...
:: 9.1.04 ::


Só mais uma, tirada do site Didier Pironi - le petit prince de la vitesse, o único dedicado ao francês.
:: Tovah ::
# 11:22 Dizaê!
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:: 8.1.04 ::
Está bem, decidi: gosto de Didier Pironi. Durante anos, vi com desconfiança esse belo francesinho por conta dos incidentes da terrível temporada de 1982, quando ele esteve envolvido involuntariamente nos eventos que levaram à morte dois pilotos -- Riccardo Paletti e seu próprio companheiro de equipe, Gilles Villeneuve--.

Paletti, um piloto medíocre, morreu no GP do Canadá, após colidir com a Ferrari de Pironi, que ficara parada no grid. Um mês antes, a fórmula-1 já perdera o ídolo Villeneuve, num acidente pavoroso nos treinos para o GP da Bélgica, quando sua Ferrari colidiu com o carro de Jochen Mass. Uma fatalidade que teve um componente na raiva que Gilles estava sentindo contra Pironi, que, contrariando ordens da equipe, ultrapassara seu carro na última volta do GP de San Marino. O relacionamento dos dois, que sempre fora de amizade, foi rompido naquele domingo e logo depois, Villeneuve morreu.

Por outro lado, Pironi era o corajoso líder que peitara os dirigentes ao reconstruir a associação dos pilotos (GPDA). E ainda era o piloto que brilhantemente, com talento e ousadia, levara a Ferrari à liderança do campeonato após a perda do ídolo dos tifosi, até ter as pernas quase destroçadas no treino para o GP da Alemanha, o que o levou a 27 cirurgias e a um afastamento compulsório das pistas. E havia o ano e meio de convivência amistosa com o companheiro de equipe falando a favor de seu caráter.

Agora uma informação a respeito de sua vida pessoal me fez concluir. Didier Pironi morreu num acidente de lancha em 1987, aos 35 anos, sonhando em voltar à F-1. Seus filhos gêmeos nasceram postumamente, quatro meses depois (estão completando hoje 16 anos). Receberam os nomes de Didier e Gilles.
:: Tovah ::
# 22:55 Dizaê!
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Tá bom, tá bom, alguém vivo, jovem e ainda nas pistas pra variar :-)



O espanholzinho Fernando Alonso, de apenas 22 anos (quando ele nasceu eu já era fã de Villeneuve, cruzes!), não tem apenas esse rostinho bonito aí em cima, mas também talento de sobra. Caiu nas minhas graças no GP da Hungria de 2003, ao quebrar um recorde de mais de 40 anos, tornando-se o mais jovem piloto a vencer um grande prêmio na história.

O recordista anterior, Bruce McLaren (tão talentoso como piloto quanto como construtor), tinha dois meses e meio a mais que Alonso em sua primeira vitória, no distante ano de 1959!
:: Tovah ::
# 13:17 Dizaê!
...
Ainda não decidi se gosto ou não desta figura, mas vale pela beleza, tanto da foto quanto do modelo:


Didier Pironi

:: Tovah ::
# 11:09 Dizaê!
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:: 6.1.04 ::
Para variar, mas sem sair do tema Daksi, um poema recém-escrito. No contexto da história, é um poema escrito por Mishe Palaki aos 26 anos (no auge da beleza) para sua amante de 15, a terlize Brindin Ketz, mais tarde ninguém menos que a mãe dos líderes daksi Kaylan e Shay Heidl. Esse poema é recitado pelo próprio Kaylan em Gabra, ao saber que Mishe é o antigo amor de sua mãe.


Rasga

Rasga
O teu coração com um punhal
Dos pequeninos pedaços
Alimenta minha sede, um pouco ao dia.

Sente
O calor do teu corpo quando à noite
A tua boca minha pele cala.

Queima
Os meus olhos com o brilho dos teus olhos
Cega-me para além
Do que seja mãos, cabelos, peito teus.

Rasga
Minha roupa com teu corpo
Rasga
O meu corpo com teus lábios
Rasga
Os meus lábios com teus dentes
Rasga
O meu ventre com teus dedos
Rasga
Minha alma com teus beijos
Rasga

Até que das entranhas bóie um coração.

:: Tovah ::
# 13:57 Dizaê!
...
:: 5.1.04 ::
Tou de volta!! Como foram de ano novo?

Tovah está:

- lendo: Malleus Maleficarum (O Martelo das Feiticeiras), livro escrito no século XV por dois inquisidores e que foi o manual da caça às bruxas pela Igreja Católica, uma obra-prima da misoginia e da ignorância.

- ouvindo: Carmen, de Georges Bizet, minha ópera preferida desde bebê -- diz meu pai, que me presenteou com uma versão completa cantada por ninguém menos que Maria Callas.
:: Tovah ::
# 10:25 Dizaê!
...

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