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:: 26.12.04 ::

Estamos de volta!! Yess!!

Capítulo VI, parte 1.

Vocabulário: Takpa é o conselho dos povos sagrados; maka-sha'iz é o supremo sacerdote de um deus; Donmi quer dizer "Donzinho", um apelido carinhoso para o nome Don; enkaf quer dizer algo semelhante a "senhor".

"Ficavam no quinto pavimento da torre os quartos dos representantes ao Takpa, exceto o maka-sha'iz de Sukassi, que tinha seus próprios aposentos. Cada um dos líderes dos povos tinha direito a dois seguranças, que dormiam no mesmo andar, divididos em dois alojamentos que ladeavam a entrada única. Do outro lado estavam os sheitzis e terlizes, e coube a Don passar a noite com o barulhento chefe da guarda ghi'al e com o único segurança heakla, um rapaz pouco mais velho que ele, mais alto e forte que os outros de seu povo, cujo pensamento estava na música mais que nas atividades de seus diplomatas.

Don pegou no sono a custo, atormentado pela tagarelice dos dois companheiros, que fizeram uma amizade imediata. Saltou da cama cedo, enquanto a dupla ainda dormia, trocou de roupa e foi direto para o quarto de Nekt. Sem refletir, pôs a palma da mão sobre o sensor de reconhecimento da porta e, para sua surpresa, ela se abriu suavemente. O sacerdote ergueu-se tão logo viu o jovem.

- Ah, que bom ver você, Donmi, tão cedo nesta manhã! Nada melhor que começar o dia com uma criatura jovem, destemida e cheia de vida diante de meus velhos olhos. Já meditou hoje? Então medite aqui ao meu lado, onde está meu tapete, eu sei que tinha trazido um de reserva junto... ah, aqui está! Sente-se, sente-se, faça sua meditação, e não se importe comigo.

Don não costumava dispensar aquele curto tempo diário de mergulhar em si mesmo. Adorava a sensação dos pensamentos voando livres por sua mente. E agora percebia que muitas vezes, desde muito novo, entrara em contato com seus dons ao fazer isso. Mal fechou os olhos e viu a mãe em Aduen singelamente debruçada sobre o trabalho, depois Delok com o uniforme militar, vermelho de se exercitar já àquela hora, tão sério e concentrado. Viu o rosto do pai, mas não deu atenção a ele, e em seguida a si mesmo, vestido com uma roupa de guerreiro toda negra, ereto diante de um céu pálido e vazio. Por um instante pareceu que a roupa tinha faixas brancas no peito e no ombro, mas logo elas sumiram novamente. Ficou tão perturbado que acabou abrindo os olhos. Nekt ainda meditava, entre longos suspiros. Examinou seu próprio uniforme azul-negro, com seus punhos e gola brancos, na tentativa de identificar o que vira, mas não chegou a conclusão alguma. Então esperou, tentando ficar quieto, mas sua respiração ansiosa acabou por tirar a concentração do sacerdote.

- O que houve, Donmi? Não conseguiu meditar?

- Sim, consegui sim - evitou seus intensos olhos claros.

- Então o que foi? Visão ruim? Conte para mim.

- Não, não foi nada, vi meu irmão e minha mãe e... enkaf, qual povo usa uniforme negro?

- Os silkis, claro, o Povo Negro. Eles usam negro com faixas brancas, deixe-me ver, não lembro bem onde, acho que aqui e aqui - apontou o peito e o ombro. - Por que, você viu alguém vestido assim? Ora, quem sabe vá a Ori'an, a Ori'an, veja só, à capital, o menino que eu trouxe de Aduen!

- Não... não foi isso que eu vi, quero dizer, não foi bem isso. Algum povo usa um fardamento todo negro, sem um detalhe branco?

- Não, claro que não, que pergunta! Povo algum usaria negro, todo negro. O preto representa a união dos povos, e é isso que o Povo Negro representa, é o povo que uniu todos os povos. Não é bem isso, espere. O preto, somente preto, representa algo que está além de todas as nações de Andrameni, algo que não pertence a nenhum deles, mas pertence a todos. Como dizer, qual é a palavra? Isso: neutralidade. O preto é a neutralidade. Não é nenhum dos povos, e é todos. Ninguém teria a responsabilidade de tornar-se assim, um e todos ao mesmo tempo. Nem mesmo a Guarda da Estrela, que zela pelo Takpa, usa negro, mas cinzento. Não, nenhum dos povos usaria negro, todo negro."
:: Tovah ::
# 20:50 Dizaê!
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:: 17.12.04 ::
Aviso aos navegantes: este blog não está abadonado :-) Só estou com pouco tempo porque ainda estou arrumando minha mudança... Estamos aqui desde terça-feira e ainda tem muuuuita bagunça sem lugar.
:: Tovah ::
# 09:22 Dizaê!
...
:: 1.12.04 ::
Capítulo V, parte 7.

No trecho anterior, Anie estava falando a respeito de Mishe para Don e Kaylan.

"Don pensou que o pequeno heakla fosse explodir em soluços, mas ele apenas desviou o rosto para Mishe e Nalk, suspirou algumas vezes e disse em voz suave:

- Veja como ela sorri para ele. Está fascinada. Mas não vai se apaixonar. Os sukaks não se apaixonam facilmente, ainda mais por alguém que acabaram de conhecer. Difícil prever o que aconteceria se eles convivessem mais. Mas a sheitzi da outra mesa não pára de olhar para ele. Os sheitzis são engraçados. Se ela tiver oportunidade, vai enfrentá-lo, testá-lo, talvez ameaçá-lo. A coragem dele vai terminar de conquistá-la. Isso não é bom, há muitos sentimentos maus naquele olhar. Vocês - virou-se para olhá-los bem dentro dos olhos - , vocês têm um olhar puro. Não sabem quase nada da vida. Muita coisa boa ainda está escondida aí dentro, intocada. Mas não enganem a si mesmos - tornou para Mishe novamente - . Terlizes e ghi'als são muito sensíveis à aparência dos heaklas. Vocês já estão apaixonados. Vocês são jovens, têm esse direito. Só prometam que não vão magoá-lo.

- Isso nunca vai acontecer - as palavras saíram instantaneamente da boca de Don.

- Jamais faria isso - pronunciou Kaylan quase ao mesmo tempo, e seu tom tinha a franqueza dos terlizes. - Mas não estamos apaixonados, nem eu, nem ele, você está enganado.

- Isso vamos ver. Não importa agora. Sua promessa me basta.

Anie sorriu com esforço. Don reparou que seu olhar zanzava sem se fixar em coisa alguma, como Nekt na nave, e sentiu um arrepio. Involuntariamente sua mente tocou a dele, e a angústia voltou a preenchê-la, como se a visão houvesse retornado. O heakla voltou-se para ele assustado e seus pensamentos fecharam-se. Ergueu-se bruscamente:

- Peço licença para me recolher. Já é tarde, fizemos um vôo difícil, estou muito cansado. Digam a Mishe que subi para meu quarto. Até amanhã.

Começou a estender as mãos, mas retirou-as e saiu quase correndo."
:: Tovah ::
# 13:50 Dizaê!
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